Mesmo que na intenção de acertar, muitos lojistas acabam cometendo erros que podem comprometer severamente o negócio. E você tem ideia dos erros que um lojista pode cometer? Seja o empreendedor que acabou de montar a loja ou o varejista mais experiente, todos estão passíveis de cometer erros na gestão. O importante é estar disposto a aprender com eles e descobrir o que pode ser evitado.
Mas não há como fazer isso sem saber quais são esses erros, certo? Por isso é que desenvolvemos esse artigo. Através dele você irá aprender quais são os maiores deslizes que um lojista como cometer e assim evitá-los.
1. Não pesquisar
Não estamos duvidando do seu tino comercial, mas confiar somente nele é um tiro no pé. Se você quer que o seu negócio se desenvolva é importante se atualizar, pesquisar tendências de mercado e como aperfeiçoar certas partes da gestão. O mercado está cada vez mais competitivo e a cada dia surgem novas tecnologias para ajudar no desempenho do negócio.
O que você anda fazendo para se manter a par de tudo isso? Você pode pesquisar em páginas de empresas especializadas, como aqui no blog da All Integra. Assistir vídeos no youtube, ouvir podcasts sobre o assunto, seguir páginas nas redes sociais que falem sobre tendências. A internet é um ótimo meio para se manter atualizado. Fora do meio online, também há livros e revistas que aprofundam mais na área da administração, se a sua ideia é aprender como fazer a gestão do seu negócio. Informação tem, o importante é buscar!
Ao estudar você além de se desenvolver, evita cometer erros por imperícia, isto é, pela falta de habilidade ou de conhecimento. Ou seja, ao pesquisar você tem o duplo benefício tanto de evitar prejuízos, quanto de crescer.
2. Não ser prudente
Uma atitude que pode colocar qualquer negócio em risco é deixar a emoção falar mais alto. Antes de tomar uma decisão, seja ela mais simples como o reabastecimento do estoque, ou mais complexa como um novo investimento, é preciso cautela!
É importante que antes de dar um “sim” se tenha prudência de observar todas as variáveis, consultar a base de cálculos, simular possíveis resultados, pesquisar a experiência de outras pessoas. Agir sob o calor do momento muitas vezes faz com que o gestor pule essas etapas. E sem elas, a probabilidade de cometer um erro e acabar tendo que lidar com um prejuízo é grande.
É claro que excesso de cautela também não é bom. Se essa prudência na verdade estiver mascarando o medo de mudar ou de arriscar, isso pode ser um problema. Você também não pode deixar que o excesso de prudência te paralise, te impeça de agir quando necessário.
3. Deixar os cálculos em segundo plano
Um erro que pode ser fatal dentro de um negócio é não dar a devida atenção aos cálculos. Os números são uma das partes mais importantes do seu negócio, são como as vigas de um prédio. Neles estão alicerçadas todas as informações acerca do seu comércio.
Os cálculos são essenciais na hora de medir a demanda, solicitar abastecimento para o estoque, definir preços, analisar o desempenho, contratar funcionários, fazer novos investimentos. Praticamente todos os processos dentro da gestão de um varejo vão envolver cálculos. E uma única decisão feita sem checar pode ser suficiente para te colocar em maus lençóis.
Por isso é fundamental ter uma boa base de cálculos. E não basta apenas ter, é preciso usá-la, afinal, ela existe por uma razão. Antes de tomar qualquer decisão cheque o que seus números dizem sobre. Usar a intuição pode ser bom, mas sem deixar os números de lado.
4. Não ter um foco
Você já ouviu a frase “Pra quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve”? Foi escrita por Lewis Carroll e apesar de pertencer ao livro Alice no País das Maravilhas, a frase é muito real e se aplica perfeitamente aqui.
Você quer crescer, mas sabe quanto? De que forma? Em quanto tempo? Para que o seu negócio de fato deslanche, você vai precisar ter um foco. Objetivo é meta com prazo determinado. O primeiro passo é colocar no papel o seu objetivo. Por exemplo: vender vinte mil pares de sapato até Dezembro de 2020.
Esse é o seu objetivo, tem a finalidade e o prazo bem definidos. Aí sim, com isso determinado, você pode traçar planos de ação para alcançar. Note que dessa forma o objetivo fica muito mais palpável e possível de atingir do que apenas pensar que se quer vender muito. Pois com um objetivo bem definido, segmentado, você consegue traçar planos de ação para alcançá-lo.
5. Escolher mal as economias
É claro que cortar alguns gastos é ótimo. Assim, você tem a oportunidade de direcionar o dinheiro para investimentos que valham a pena. Mas é importante sempre avaliar quais gastos são desnecessários e quais existem porque de fato precisam existir.
Já obtive muitos relatos de casos em que os gestores fizeram a famosa “economia porca”. Em que cortaram gastos que nem eram tão caros assim, e tiveram que pagar mais depois. Existem vários exemplos. Acontece também quando se opta por suprimentos mais baratos, mas que não rendem, então você acaba comprando maior quantidade. Acontece quando você prefere fazer vários paliativos, que somados equivalem à resolução definitiva que era necessária.
Resumindo, existem economias que não valem a pena ser feitas, pois o valor economizado não compensa o esforço despendido para gerar aquela sobra ou até geram um gasto posterior. Por isso, antes de fazer um corte de gastos, coloque na ponta do lápis o que pode ser cortado sem prejuízos e o que faz parte da estrutura de funcionamento do seu negócio.
Um bom jeito de descobrir é fazendo projeções de como o seu empreendimento vai viver dali para frente sem aquele gasto. Quando o gasto foi feito qual era o objetivo? Outros terão de ser feitos para substituir? À longo prazo qual será o impacto financeiro de fazer essa economia? Essas são boas perguntas para ajudar a nortear a tomada de decisão.
6. Não dar atenção ao estoque
Como já mencionamos em outros artigos por aqui, o gerenciamento de estoque é uma das tarefas mais primordiais para o funcionamento do varejo. Por isso, é de extrema importância que haja pessoas focadas em cuidar dessa área.
Controlar um estoque não é apenas comprar novas mercadoria. É preciso se atentar ao cálculo da demanda, negociar os preços com os fornecedores, acompanhar o transporte da mercadoria até o estoque, registrar cada produto, acompanhar o fluxo de saída. Além disso, cada uma dessas etapa inclui muitos outros detalhes.
Sem um estoque abastecido, devidamente documentado, com a mercadoria registrada, todas as outras etapas subsequentes são afetadas. Quando o estoque vai mal, as vendas também vão mal e não há capital de giro para o negócio continuar. Então você passa a viver um mês tentando sobreviver ao próximo.
Não precisamos nem dizer o quanto isso torna a gestão, e o desempenho de negócio difícil, não é mesmo? Para que o seu varejo funcione com fluidez, um dos primeiros passos é estruturar os processos de gerenciamento do estoque.
7. Não pensar no atendimento ao cliente
Aqui podemos incluir o atendimento e o relacionamento com o cliente como um todo. Ou seja, não só os pequenos pontos de contato, mas a manutenção da relação. Ambos são fundamentais, afinal sem o consumidor o negócio não sobrevive.
Não é segredo que o bom atendimento é importante para o varejo. Porém mais recentemente, quando surgiram na internet diversos cases relatados pela perspectiva do cliente, é que ficou claro o peso desse diferencial. As empresas começaram a perceber que o bom atendimento é também uma ferramenta de vendas.
Quando o cliente é bem atendido, ele fica menos preso aos receios de fechar a compra. O bom atendimento coloca o cliente na atmosfera da marca e ele passa a gostar de estar ali, a querer estar ali. O cliente não só deseja voltar a loja, como recomenda para outras pessoas também. Isso é a tão buscada fidelização.
8. Misturar as finanças
Um erro bastante comum principalmente para quem está começando é misturar as finanças pessoais às do negócio. Nós entendemos a ansiedade e a tentação que surgem ao ver aquele montante de dinheiro, aquela movimentação de número altos. Mas lembre-se que, se o lucro é alto, o valor investido também é.
Compra de mercadorias, contas para manutenção da loja, pagamento de funcionários. Todos são gastos fundamentais para que o seu varejo continue existindo. A partir do momento que você mexe nas finanças da loja, você põe em risco o pagamento desses gastos.
O ideal é que você se veja como um funcionário da sua loja e faça exatamente o mesmo processo que faz com os outros colaboradores. Você deve calcular qual o valor do seu salário e se inserir na folha de pagamento. Dessa forma, você estabelece um valor fixo mensal e não tira mais que o possível.
No entanto o recomendado é que, se você está montando a loja agora, todo o lucro seja direcionado para a própria loja. Para que você consiga além de manter as vendas, ter um capital para investir na estrutura. Essa é a melhor forma para garantir o crescimento que é tão suado nesse início.
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